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ACE de Joinville - Outubro 2008:

Núcleo de Usinagem e Ferramentaria:

O Núcleo mais antigo do Brasil se renova com projeto Empreender Competitivo

Os 15 anos de história do Núcleo de Usinagem e Ferramentaria da Associação Empresarial de Joinville (ACIJ) em Santa Catarina fazem do grupo o núcleo em atividade mais antigo do Brasil. Mas a idade e do tempo de atuação não fizeram com que os empresários participantes perdessem a força de vontade em participar e empreender atividades para o núcleo. Um novo gás aconteceu há pouco mais de um ano quando iniciou o Projeto Empreender Competitivo. De lá para cá muita coisa mudou e os números comprovam isso. O faturamento das empresas apresentou crescimento de 30,6%, o quadro de funcionários foi ampliado em 20,7%, os investimentos realizados aumentaram 28,9%, o custo da mão-de-obra em relação ao número de horas trabalhadas caiu 10,5% e a produtividade, de modo geral, apresentou crescimento de 5,1%. O Núcleo e a ACIJ fazem parte do Programa Empreender desenvolvido pela Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (FACISC) em parceria com o SEBRAE / SC.

Esses dados são retirados do estudo comparativo realizado pela Dagostin Assessoria Empresarial e mostram o crescimento expressivo nos principais números das empresas do setor, participantes do Projeto Empreender Competitivo. Segundo o presidente do Núcleo de Usinagem e Ferramentaria, Alexandre Wanzuita, o levantamento, feito com 10 empresas, compara a situação das empresas no início de 2007 e sua evolução, com uma segunda etapa realizada no primeiro trimestre de 2008. Outros dados como o número de horas trabalhadas que aumentou em 21,9% e o custo hora de referência do setor aumentou em 30,6% também são contabilizados positivamente pelas empresas. "A intenção do grupo ao aderir ao projeto foi a melhoria da tecnologia utilizada pelas empresas associadas e a eficácia na gestão.  E isso já é uma realidade".

As empresas de Usinagem e Ferramentaria de Joinville perceberam, há muito tempo, que o concorrente não estava ao lado. Também não estava em São Paulo ou em Caxias do Sul no Rio Grande do Sul, demais pólos que concentram, junto com Joinville, cerca de 1.200 fabricantes de moldes para o processamento de plástico. Para o empresário Christian Dihlmann, participante do Núcleo, atesta que o desenvolvimento de ações conjuntas, pelos empresários de um segmento comum, alavanca fortemente a competitividade das empresas. "É inegável o resultado positivo expressivo que tenho obtido em minha empresa após os eventos realizados  pelo Núcleo nos últimos meses, principalmente no que tange a gestão do negócio, missões empresariais

Christian Dihlmann

tecnológicas e comerciais, parcerias com entidades de ensino, capacitação técnica e atividades de troca de experiências entre os nucleados e empresas de outros pólos metal-mecânicos do Brasil", relata o empreendedor da Brtooling Ltda.

Para a consultora do Núcleo, Carina Casanova, as ameaças, que originam desafios e oportunidades, vêm do outro lado do mundo e exigiram, neste período de desenvolvimento do projeto, análises, planos e ações. "A implantação dessas atividades deu certo e serviu de base para a força do grupo, nas iniciativas em conjunto, nos princípios do associativismo", explica.

Casanova lembra que o aspecto de negócios não foi esquecido. "Outro objetivo claro era o desenvolvimento de novos clientes e a maior agregação de valor aos produtos e serviços oferecidos".

Cenário

O faturamento bruto mundial do setor de ferramentarias (moldes e matrizes) está em torno de 20 bilhões de dólares anuais. Atualmente, os maiores fornecedores mundiais de ferramentas são os EUA, com um faturamento de mais de 5 bilhões de dólares, seguidos pelo Japão e Alemanha. Esses três líderes de mercado enfrentam uma concorrência cada vez maior da França, Itália, Península Ibérica e dos "Tigres Asiáticos" (Coréia, Taiwan, Singapura etc.). Esses últimos possuem, como principal vantagem, os menores custos de mão-de-obra, fator decisivo, num setor em que as operações de acabamento final das ferramentas requerem uma intensa atividade manual.

Na indústria brasileira e nas empresas de Joinville existia uma certa acomodação. O que se tinha era uma espécie de "zona de conforto", já que as empresas não conseguiam perceber o cenário que se desenhava, ameaçador, mas, ao mesmo tempo, desafiador. Galpões antigos e adaptados, máquinas e equipamentos obsoletos e ultrapassados e uma visão gerencial limitada ao próprio quintal eram evidências encontradas num número grande de empresas.

Carina Casanova explica que mais do que capacitação das pessoas e modernização do parque fabril, era necessário "provocar desconforto", mexer com o pensamento, aguçar a visão, desenvolver os sentidos e promover uma reação em cadeia. "Várias atividades foram implementadas ao longo dos anos. Porém, eram insuficientes ou isoladas. Não faziam parte de um programa sistêmico que atendesse as reais necessidades e contribuísse para a reversão de um cenário que começava a ficar nebuloso". Diante dessa realidade, com a ameaça presente dos produtos importados no Brasil, especialmente da China, Taiwan e Japão, o Núcleo adotou um programa estruturante, com amplitude de visão e foco nas ações.

O diagnóstico foi feito e os desafios estavam claros. Faltava à indústria de Joinville, bem como de todo o país, modernização tecnológica, atualização do parque fabril, agilidade no desenvolvimento, fabricação e entrega de moldes, preços competitivos e gestão eficaz. A precisão do diagnóstico também fez com que o Núcleo pudesse estabelecer com precisão seus objetivos e as estratégias para alcançá-los.

Ações

Para alcançar os resultados, uma série de ações foram realizadas: missões internacionais, participações em feiras como visitantes e expositores, cursos, capacitação de mão-de-obra, entre outras. Uma das atividades que mais se destacou e trouxe resultados para as empresas foi a consultoria com Instituto Tecnológico da Aeronáutica - ITA para avaliação da performance organizacional e tecnológica das ferramentarias do Núcleo. A consultoria foi realizada no período de abril a agosto de 2008. O objetivo foi realizar avaliação de desempenho organizacional e tecnológico das empresas integrantes do Núcleo, e identificar potenciais de melhoria no ambiente produtivo. "Esta consultoria do ITA foi extremamente importante. Talvez a ação que trouxe mais resultados para as empresas, pois de forma isolada não conseguiríamos contratar um entidade de renome internacional para fazer este trabalho nas nossas empresas", explica Dihlmann.

Entre os resultados conquistados com esta consultoria estão melhorias no ambiente produtivo, oportunidade de medir o resultado das empresas em âmbito internacional, realização do diagnóstico do potencial de competitividade (interno e externo), identificação das melhores práticas em áreas especificas, comparativo com a situação interna e externa o mercado Nacional.

Outra ação que merece destaque entre as várias que obtiveram sucesso e trouxeram resultados para as empresas foi a realização do "Iº Encontro Nacional de Ferramentarias" nos dias 20 e 21 de junho de 2007. O objetivo era fomentar a discussão sobre temas comuns ao setor ferramenteiro nacional. O encontro abordou a visão do cliente sobre o estágio atual e o perfil desejado do fornecedor de ferramentas. Teve a participação de 150 pessoas de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo.

"Tudo isso é resultado de nossas reuniões com a participação de todas as empresas, e esperamos através de um planejamento sólido e sustentável atingir as nossas futuras metas. Somente unidos e com um foco definido é que podemos chegar ao sucesso", completa o presidente do núcleo, Alexandre Wanzuita.